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Archive for junho \30\+00:00 2009

Das minhas fraquezas

banco

Que escorpianos tendem a sofrer por qualquer coisa, já era fato com o qual havia me acostumado e – até certo ponto – aceitado.

Mas nestes dias em que vivo imersa em livros, cadernos e textos, sinto a angústia da saudade de uma vida que eu tinha até há algum tempo atrás.

E quando recebo mensagens de “vinho no pontão” ou “passeio no parque” e lembro que combinei de estudar com uma amiga – que, inclusive, é intolerante com faltas e me mataria caso eu não estivesse em casa no horário combinado, isso somado ao peso na consciência por sempre achar que poderia, e de fato poderia mesmo, estudar mais -, sinto vontade de jogar tudo para o alto e ser – mais uma vez – inconsequente e, na falta de coragem, fica aquela ponta de dúvida se tudo isso realmente vale a pena, se já não sou feliz com o que tenho agora, apesar da fatura do cartão de crédito me dizer que não. No fundo, sei que estes momentos que perco de estar ao lado deles fazem parte daquela lista de coisas que realmente importam e fazem a vida valer a pena. E isso me mata.

Então lembro da faculdade de farmácia – tempo no qual aprendi muito pouco sobre a grade curricular e muito sobre as pessoas, relacionamentos e, principalmente, sobre a vida -, quando recusei todas as oportunidades de estágio por não querer abrir mão do convívio com as pessoas que eram presença constante em todos os minutos daquela vida louca e, tantas vezes, bandida.

Neste instante de angústia – sempre digno de uma novela mexicana, como as vezes parece ser minha própria vida -, demonstro toda a minha capacidade de dramatizar as situações com mensagens de “ah.. parece que não te vejo há um mês..” e começo a inventar desculpas para mim mesma para faltar uma aula ou um compromisso, como a de que um blitz na entrada da quadra me impediria de chegar ao cursinho.

Mas, faltando me o juízo em tantas coisas, encontro de sobra nas pessoas que tanto gosto e me dizem: “vai pra aula!!” ou “quer passar? então, estuda!!”, sempre acompanhados de um “bom estudo” e “logo tudo isso passa”.

Espero que tudo isso passe mesmo.. e eu passe – ainda lúcida, se possível – também.

Se não tivessem me custado tanto e não fosse minha paixão pelos livros, cogitaria a possibilidade de um ritual para queimar tudo após a temida prova em agosto.

Tá.. agora chega de drama e de volta aos estudos.

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vulto

Algumas vezes – e só algumas vezes – certas certezas me somem das mãos sem que eu consiga descobrir quando – ou quem – me assaltou.

Em algumas tardes – e só em algumas dessas que são bem silenciosas, diria até “estranhamente silenciosas”, lá pelo meio da semana, em algum dia entre segunda e sexta – vislumbro meu mundo desprovido de todas as certezas que me eram tão certas até então.

Por alguns momentos – que nem ao menos sei se são propriamente momentos, já que a preocupação com as horas só me vem à lembrança quando o momento já se passou – sinto todas estas mil certezas que construí diligentemente ao longo destes anos todos de minha vida escorrendo do alto da minha cabeça – até então tão segura e certa de si e de tudo – e deslizando pelo meu corpo, aliviando todos os pesos enfadonhos de responsabilidade e juízo daqueles que têm a certeza e carregam as respostas para tudo desta – tantas vezes – insensata vida.

Nestes instantes de leveza – imaginando que instantes são mais frágeis que momentos – chego a pensar que talvez eu fosse uma pessoa melhor quando não tinha respostas para tudo e quase nenhuma certeza sobre a vida.

E sinto o alivío – pois é difícil sentir a leveza, não fosse pelo alívio da ausência de peso – dos que nada sabem e assim podem pensar qualquer coisa, já que as respostas prontas nos roubam a musicalidade das possibilidades mais absurdas e e as certezas nos limitam a esperança das coisas mais fantasiosas.

Quando a última gota de certeza se esvai do meu corpo para o chão – no exato segundo que deveria ser o grande finale para a total libertação -, a tal gota me leva o chão abaixo dos meus pés consigo e me deixa assim, suspensa em mim e por mim mesma, sem saber se ainda consigo caminhar sem tais certezas e tantos pesos.

Como era mesmo que eu caminhava há alguns anos atrás?

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Por alguns meses

fora

Agora não posso.. só quando agosto passar..

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Catarse

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Muitas vezes, a arte é um processo de criação doloroso. Estou com um calo no dedo da mão esquerda e dores no ombro por conta do violino…

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Por poucos dias

Estou de féria! =)


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Kiwi

Eu sempre choro, mas não deixa de ser lindo…



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Em uma das noites de aula cancelada em cima da hora no cursinho, um happy-hour convocado com meia hora de antecedência com algumas bebidinhas e petiscos que termina numa conversa quase-filosófica sobre o conjunto de todas as coisas da vida dentro do carro no estacionamento do Capital.

 

– E eu soube que você adora passar com o carro no meio das poças de água.. tsc tsc tsc

– Ei, parei com isso!! Já tem um tempo que não faço isso!

– Claro, parou de chover, né..

– Droga! Odeio quando as pessoas me conhecem a esse ponto..

 

 

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E se as histórias para crianças passassem a ser

de leitura obrigatória para os adultos?

 

Seriam eles capazes de aprender realmente

o que há tanto tempo têm andado a ensinar?

 

(José Saramago)

 

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As sequelas do cansaço

 

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– Alô

– Michelli?

– Oi, sou eu

– É do tanoor, você pode confirmar seu endereço?

– Sim.. bla bla bla, bla bla bla, apto 301

– Humm.. 301?

– Isso, 301 (com ênfase)

– É porque estou aqui no seu prédio e o porteiro está dizendo que é 501.

– Não, é 301! Ele interfonou aqui e eu já disse que podia subir.

 

Ouço o motoboy discutindo com o porteiro. “ela tá dizendo que é 301”.. “não, é 501”.. “é 301 ou 501?”.

– 301, né?

– Iiiiiiissooooo! 301!!! Eu moro no 301!!

 

Cinco minutos depois, toca a campainha. Abro a porta e me deparo com o entregador parado em frente a uma porta com os números 501 gigantes e escandalosamente presos à minha porta.

– O endereço estava errado! Veja aqui, está 301 no pedido. O porteiro me disse que era 501, acho que anotaram errado!

– Ahn.. fui eu que passei o endereço errado.. desculpa.. achei que morava no 301.. acho que estou ficando louca…

 

E eu jurava – durante a manhã de hoje – que morava no terceiro andar.

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Meu dia-a-dia

 

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